Hotel Ruanda

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     O filme Hotel Ruanda conta-nos sobre genocídio ocorrido em Ruanda no ano de 1994. A história é focada no ruandês Paul Rusesabagina, personagem verídico, mostrando o conflito entre hutus e tutsis na capital Kigali e a ignorância da raça humana diante das atrocidades que mataram 800 mil pessoas no país.
     O povo de Ruanda foi dividido em duas categorias pelos colonizadores, hutus e tutsis, utilizando requisitos como cor da pele, tamanho do nariz e altura. Os belgas deram preferência aos tutsis, já que, apesar de minoria, eram mais parecidos com a raça branca, deixando-os no poder, enquanto os outros eram marginalizados. A divisão étnica foi oficializada, incluindo-a nos documentos dos cidadãos. Os hutus conseguiram desbancar os tutsis, invertendo a situação. Tutsis começaram a ser caçados e exilados, dando início a um período violento.


     Paul era um hutu, casado com Tatiana (uma tutsi), com a qual tinha dois filhos. Trabalhava no hotel Des Milles Collines, onde, com muito esforço, conseguiu se tornar gerente. O presidente de Ruanda, o hutu Juvénal Habyarimana, estava prestes a assinar um acordo de paz, mas acaba morrendo em um atentado contra o avião em que viajava. Isso acirrou o conflito já existente, iniciando o extermínio de tutsis por hutus extremistas. A ONU interveio, assim como a Cruz Vermelha, porém deixou bem claro que sua função era apenas manter a paz, e não instaurá-la. Paul abrigou vários tutsis no hotel, fazendo tudo o possível para mantê-los vivos, utilizando sua influência. O homem salvou 1268 vidas subornando o inimigo com bebidas, dinheiro, charutos e tudo o que tinha.
     O filme explicita as atitudes desumanas, não só da parte ruandesa, mas também do mundo. Ao invés de ajudar um país com dificuldades, o genocídio é tratado como mais uma notícia no meio de muitas, não dando muita importância. Apresenta cenas contendo miséria e extrema violência, retratando a realidade do país. É muito mais do que um drama; é impactante e real, quase como um tapa na cara. Nos leva a uma jornada sentimental, onde há descaso, assassinato e, apesar disso, esperança. A história é muito interessante e te dá vontade de levantar e fazer a diferença, ensinando que sempre há uma luz no fim do túnel, por mais distante que pareça. Não importa o espectador, o filme te faz refletir profundamente. Resta apenas transformar tais pensamentos em ações que mova a humanidade para frente.



Lançamento              19 de agosto de 2005 (2h1min)
Dirigido por               Terry George
Com                            Don Cheadle, Sophie Okonedo, Joaquin Phoenix
Gênero                       Drama, Guerra, Histórico, Suspense
Nacionalidade           Reino Unido, África do Sul e Itália




Fernanda Rampon


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